Você conhece
alguém que diz não ter sorte e que nunca ganhou sequer uma “rifa” (ação entre
amigos) de qualquer coisa? Com certeza sim, e digo mais: estas pessoas existem
e continuarão sem mudar as suas sortes enquanto não trocarem suas formas de ver
o mundo. É tão simples que muitos custam a acreditar que é possível ter sorte.
Para alguém que quer um argumento científico, destes, de estudos de
Universidades renomadas, ai vai um: o psicólogo inglês Richard Wiseman,
professor da Universidade de Hertfordshire, na Inglaterra, conduziu um estudo
com cerca de mil pessoas que resultou na publicação de um livro intitulado “O
fator Sorte”. Em detalhes narrados por ele no livro, chega à seguinte
conclusão: após os pesquisados terem jogado em uma loteria, analisando os
resultados, verificou-se um empate entre os que se diziam sortudos e os
azarados, os ganhadores de algum prêmio pertenciam em igualdade a ambos os
grupos. O pesquisador chega a dizer: “As pessoas têm a mesma chance de ter
sorte, mas a forma como nos comportamos tende a atrair melhores oportunidades
para aqueles (sortudos) que se consideravam privilegiados pelo acaso.”
Uma das formas
de nos aliviarmos de um sofrimento é imputarmos os resultados ao fator sorte (ou
ao azar), assim, não ficamos tão rígidos conosco mesmo se o resultado for
indesejado. Tanto as experiências que julgamos de sucesso, bem sucedidas, como
aquelas de fracasso, são processadas de maneiras diferentes pelo cérebro. Com
esta linha de pesquisa, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts justifica na
produção de dopamina (um neurotransmissor relacionado ao bem estar, ao prazer)
o fato de aprendermos mais com resultados positivos, dai a nos acharmos
sortudos e, por conseguinte, estarmos mais predispostos a novos resultados de
sucesso.
Quando nos consideramos
uma pessoa de sorte, sentimos, para melhor, uma interferência em nossa
autoestima e em nossa autoconfiança, o que nos faz pensar que nossas atitudes e
comportamentos estão associadas ao fator sorte. Análogo à brincadeira sobre
quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha, perguntamo-nos: temos sorte por
sermos autoconfiantes e de boa estima, ou somos assim por termos sorte? O que
vale é seguir algumas dicas do psicólogo britânico para que apostemos na
intuição, para que não fiquemos martelando o tempo todo sobre um problema, pois
trocar o foco nos alivia e (com sorte) podemos encontrar a solução da qual
precisamos. Apostarmos em novidades fazendo algo diferente, ou então, corrermos
eventualmente um risco calculado, sempre nos trará a lembrança de que algo pode
dar errado, e isto faz com que aceitemos o resultado indesejado como algo
possível também, aliviando imensamente o peso da culpa para muitos e deixando
claro que errar não se trata unicamente de uma questão de azar.
Por fim, se a
sua leitura deste artigo era na intenção de buscar uma dica sobre como ter
sorte em 2017, penso que aquela que está ao nosso alcance diz respeito às
nossas atitudes e à nossa capacidade de enfrentarmos a vida. Persistência,
tolerância, paciência, generosidade, gratidão, são apenas alguns dos itens que
podem transformar nossa sorte, para melhor. Para tanto, comece por pequenas
mudanças, um passo de cada vez e você chegará onde quer.
Feliz Ano Novo.
Ah!, e BOA SORTE!
César Augusto Ribeiro
de Oliveira
Psicólogo – whatsApp:
99981 6455
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