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terça-feira, 5 de junho de 2018

“ - Assistiu ao vídeo que te enviei? - Não! Quer me falar sobre ele?...”

Meus amigos já me ouviram responder desta forma, afinal, não tenho o hábito de assistir a vídeos em smartphone, muito embora, recentemente, tenha passado a dedicar um tempo para isto. Na verdade, a intenção da resposta é a de provocar um diálogo e trocar a virtualidade de um vídeo enviado (e na maioria das vezes de forma impessoal e para vários grupos e contatos, indistintamente) por um instante de conversas, onde opiniões possam ser trocadas - concordadas ou divergidas - mas ali, cara a cara! Não sou avesso às tecnologias, mantenho um site na web, circulo em redes sociais, utilizo de aplicativos, troquei os Cds pelo Spotfy e estou me dando bem com o Kindle já há uns três anos, mas fiquei surpreso com alguns dados recentes (Provokers, Google Brasil e Youtube): 56% dos brasileiros preferem assistir a vídeos pela internet do que pela televisão, e, segundo a pesquisa, nos últimos três anos o consumo de vídeos pela internet cresceu 90,1% enquanto que o da TV manteve-se estagnado.
Mas vou me deter noutra informação apurada: o brasileiro gasta em média 15,4 horas por semana assistindo a vídeos pela internet, o que significa mais de duas horas por dia, todos os dias.... E tem muita gente reclamando de falta de tempo! Então, ao nadar contra a maré assistindo uns poucos vídeos na internet, “ganho” um tempo a mais para outras atividades, além de provocar aos amigos para que falem sobre o que postam e assim interajam mais.
 Tão importante quanto manter-se atualizado nestas tecnologias é saber cultivar boas relações sociais, de amizades, de namoro e principalmente no ambiente da família, mas para tudo isto é preciso tempo. Existe aquela expressão a meu ver ultrapassada de que “tempo é dinheiro”. Melhor seria dizer que isto é uma grande mentira, pois tempo não se acumula, diferentemente do dinheiro. O dia tem 1440 minutos que se vão a cada volta do ponteiro dos segundos, e, fazer mau uso dele é gerar um prejuízo irrecuperável! Na psicoterapia ouço com frequência que a música boa era a “do meu tempo”, que tempo bom era quando se podia brincar na rua até escurecer sem preocupar-se com a violência ou com as drogas.... O meu tempo é hoje, é o agora! Então o que eu fizer nestes minutos limitados que o dia me dá é o que conta, minha felicidade está aqui, neste momento e em minhas mãos.
Então, avalie sobre como você está utilizando sua dádiva, reparta-a com a família, com o trabalho e com os amigos, mas a utilize da melhor forma que puder. Este é um dos preceitos da felicidade, viver o hoje!
César A R de Oliveira

Psicólogo – whats app 99981 6455