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sábado, 1 de dezembro de 2018

DONA CIDA CUROU-SE DA DEPRESSÃO DISTRIBUINDO ABRAÇOS...


Dona Cida é gaúcha de Cachoeirinha, tem 71 anos de idade e há quatro anos distribui abraços nas ruas, parques e nos locais de aglomeração de pessoas. Foi justamente o calor afetuoso que trocou abraçando centenas de estranhos que a fez sair de um quadro depressivo; Uma sequência de mortes de familiares (em pouco espaço de tempo ficou viúva duas vezes, morreram quatro irmãos e ainda a sua mãe) fez com que tivesse sua vida abalada de tal maneira que não saia mais de casa. Relata que foi durante um momento de oração que ouviu uma voz lhe dizer para sair às ruas e abraçar as pessoas. Foi o que fez, e isso transformou sua vida. “ –Me perguntam se não acho esquisito abraçar estranhos. Mas sou a prova viva de que um abraço, quando é honesto, cura mais do que remédio – disse sorrindo.”
Ouvindo uma entrevista sua fiquei me perguntando sobre como alguém que esteve em um quadro de depressão profunda consegue agora transmitir tanta energia a estranhos. O que ela fez não é novidade, é feito no mundo todo (movimento Free Hugs), há até estudos científicos sobre os efeitos da “abraçoterapia” na saúde das pessoas citando a liberação de hormônios e os efeitos de bem estar que produz nas pessoas. Basta digitar num site de buscas na internet o termo “abraço grátis” e teremos centenas de informações sobre os benefícios dessa atitude.
É a típica situação em que ganham ambos, quem dá e quem recebe, pois o benefício é mútuo! Um abraço pode ser transportado a qualquer lugar, ser dado em momentos de alegria ou de tristezas, não importa a sua duração, o efeito é maravilhoso. Quando percebermos que dispomos deste instrumento altamente transformador talvez nos lembremos do que diz o poeta na música de J Quest: “...o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”, e diz mais, nos emocionando:Tudo que a gente sofre num abraço se dissolve; Tudo que se espera ou sonha, num abraço se encontra.”
É sobre este remédio milagroso que Dona Cida falava, ele alivia sofrimentos, amplia a alegria. Mas e o que nos impede de dar abraços? Certa vez ouvi de alguém a manifestação surpresa no momento em que ganhou um abraço, questionando-se sobre há quanto tempo ela não ganhava um. Algo tão simples, algo tão bom e que ela não ganhava há anos! Bem, não precisamos – por hora – sair oferecendo abraços pelas ruas... olhemos ao redor: quando foi a última vez que abraçamos com calor a quem amamos? Marido, esposa, filhos, pais, amigos, colegas de trabalho... Pensemos sobre quantos abraços apenas às pessoas conhecidas estamos devendo. Bem, se a lógica do abraço é a do efeito benéfico e recíproco, comecemos agora, já! Não percamos tempo. Não precisamos esperar - assim como Dona Cida – um chamado para agir. Falemos com nossa voz interior, aquela que nos conforta, nos direciona para o bem e nos quer ver feliz: abracemos!!!
César A R de Oliveira
Psicólogo – whats app 99981 6455