logo

logo

quarta-feira, 15 de março de 2017

Psicologia e Meditação, juntas!

Cada vez mais a meditação ganha espaço na cultura ocidental, e, em tempos cibernéticos, é possível termos acesso a orientações, cursos, técnicas, músicas, aplicativos, livros, enfim, às oportunidades de diversos e novos conhecimentos sobre isto. Ainda há muita confusão por parte daqueles que associam a meditação a uma religião. Na atualidade, a ciência empenha-se em melhor compreendê-la para podermos percebê-la então como um estilo/filosofia de vida que nos auxilie. Hoje é possível dizer que há muita afinidade entre estas atitudes introspectivas - um acompanhamento psicoterápico e momentos de meditação - pois dentre os sinônimos de meditar estão “pensar, refletir, ponderar...”, ambas, ações de busca interior. É claro que as diferenças ficam evidentes quando incluímos à psicoterapia o apoio e a orientação de um profissional, contrapondo à atitude solitária do meditante. Mas e quando a psicoterapia tem como coadjuvante momentos de meditação em horários extrassessões?
Estudos científicos realizados durante 15 anos entre mais de 100 monges e meditadores budistas leigos (Universidade de Wisconsin-Madison – e outras 19 universidades) concluem que a meditação age sobre a plástica cerebral e pode reorganizar circuitos neurológicos produzindo efeitos salutares não apenas na mente e no cérebro, mas em todo o corpo. Estudos no Brasil, do Hospital Albert Einsten, constataram em 39 voluntários meditadores a existência de maior quantidade de massa cinzenta em áreas corticais relacionados à atenção e ao raciocínio. Desta forma, sessões de psicoterapia em que o cliente complemente seus horários com tal prática, são muito mais eficientes para tratamentos de depressão, ansiedades ou dores crônicas, por exemplo, pois tendem a favorecer a uma agradável sensação de bem estar.
Das leituras que faço sobre meditação, chama-me a atenção que dentre alguns relatos de seus benefícios (tais como estabilidade emocional ou senso de atenção e concentração melhorados), encontra-se o destaque para aumento de qualidades de humanização de quem medita, como amor e compaixão. Quantos sofrimentos vemos nas sessões de psicoterapias quando as pessoas estão despidas destes sentimentos: amor e compaixão, e, não raro, faltando-lhes amor próprio, pois acabam envolvendo-se em enrascadas, em problemas de trabalho ou de relacionamentos justamente por falta de autoestima.
A introspecção que a meditação propicia, permite uma melhora no autoconhecimento e, desta forma, a pessoa sente-se mais livre, mais confiante para enfrentar suas sombras. Eminente psicóloga diz que “... a meditação é uma terapia valiosa para superar os conteúdos negativos, com o objetivo de liberar o inconsciente, em vez de esmagá-lo ou asfixiá-lo...”. Ora, se a meditação, como busca interna para um processo de crescimento traz seus benefícios, aliá-la aos cuidados de uma psicoterapia poderá levar àquilo que o homem busca desde os primórdios, e, talvez, sejam suas maiores conquistas: momentos de paz e de felicidade.


César A R Oliveira
Psicólogo – whats app 99981 6455