logo

logo

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Nossa, já estamos no final de novembro!





 “O tempo passa, e com ele caminhamos todos juntos, sem parar...” Os Incríveis

Não se assuste: muitas pessoas já devem ter constatado isto e feito tal exclamação, e outras ainda a farão brevemente. O fato é que a noção de tempo é subjetiva e a convenção entre horas e minutos não são percebidas igualmente. Há muitas coisas escritas sobre isto, e há quem diga que a rotina é a principal responsável, pois quando entramos em um estado de automatismo (dirigindo e fazendo outras coisas sem a devida atenção, por exemplo) não vemos o tempo passar.   
Nesta linha, para quem está impactado com mais uma chegada de final de ano, sugiro que questione-se sobre o quanto de rotina tem em sua vida. Toda a vez que fazemos algo novo, diferente, nosso cérebro nos exige uma maior atenção pois está em pleno processo de aprendizagem, o que envolve uma série de estímulos sensoriais e emocionais. Lembre-se sobre como foi quando começou a dirigir, a andar de bicicleta e então observe como faz isto hoje. Há quem diga que quando fazemos as coisas de forma repetida, sem pensar ou sem grande concentração, tais experiências não passam por uma etapa mental e então, após executadas, são rapidamente apagadas de nossa memória. Desta forma, aos saltos, nos encontramos no final de um dia.
O antídoto está em buscar novas situações ou em aguçarmos nossa percepção para aquilo que estamos fazendo. Se por um lado a rotina nos dá muita agilidade e facilidade na execução de algumas coisas, ela nos rouba o sabor de experienciarmos novidades, e é para isto que devemos agir. Buscar fazer e conhecer coisas novas, mudar de itinerário em nossos deslocamentos, trocar um corte de cabelo, a maneira de nos vestirmos, sermos criativos. Invertamos cada dia e cada instante podem ser excelentes inovações para saborearmos melhor o momento.
O Frei Leonardo Boff escreveu um artigo sobre a Ressonância Schumann baseado na teoria do físico alemão W O Schumann, de que a terra é cercada por um campo eletromagnético e isto faz com que os seres vivos pulsem a uma frequência mensurável de 7,83 hertz. Diz ainda que com um acréscimo ocorrido nesta medida (causados por má gestão humana na Terra) estaríamos na atualidade sob a influência de uma pulsação em torno de 10 hertz, sendo isto o responsável pelos desequilíbrios ecológicos e pela rapidez com que as coisas acontecem, fazendo com que o homem apresse o seu ritmo e assim o tempo flua mais rapidamente. Não seria uma mera impressão pois os dias, com esta frequência alterada, estariam durando atualmente o equivalente a um dia de 16 horas de outras épocas.
É claro que sempre que uma teoria quebra os paradigmas vigentes o rechaçamento é inevitável. A humanidade reagiu assim contra o heliocentrismo, para com a teoria da relatividade e com muitos conceitos modernos da física quântica. Teoria ou não, a Ressonância Schumann serve de reflexão, pois todos nós em algum momento nos surpreendemos com a agilidade dos ponteiros (ou dígitos) de um relógio. Resta então, ante uma luta perdida contra o avanço do tempo, nos darmos conta de que somos os autores de nossas vidas. Uma boa observação sobre nossas atitudes rotineiras pode nos fazer voltar o olhar para aquilo que não conseguimos ver mesmo estando muito próximos. Se por um instante acreditarmos que nosso dia poderia durar cerca de 16 horas, imaginemos como faríamos para nos ajustarmos a ele sem correrias, deixando o supérfluo para depois, como forma de aproveitarmos melhor nossas vidas.   



César AR de Oliveira – psicólogo

Nenhum comentário:

Postar um comentário